
Naquela noite ela chegou ao seu novo esconderijo,como sempre chega: cansada, com fome e com saudade.
Olhando para as pequenas panelas tomou coragem de preencher o prato.
A comida não é ruim, porém faltava um pouco de "não sei o que."
Prato preenchido, corpo jogado no chão, pouca força pra segurar o garfo,
e um pouco de não sei o que por cima da comida.
Quando comemos como se fosse a última refeição qualquer sabor é delicioso,
e os modos da menina não são tão educados, então a comida desce rápida e pesada,como se fosse uma gordinha em um toboagua,
mas sempre ocorre o risco de entalar no meio do caminho.
O "não sei o que" atrapalhou a divertida descida pelo toboagua
do seu esôfago, a boca secou, ardeu, sangrou e clamou por água.
E a respiração da menina cessou por uns instantes e os olhos lacrimejaram,
e agora ela sempre quer mais um pouco de "não sei o que",
quem sabe nas próximas tentativas ela consegue entrar em óbito.
(Nata Rangel)
3 comentários:
21 de janeiro de 2011 às 15:46
Oi minha linda!!!
Que foi???
Parou por que?
Olha... eu também sei que sempre tem um "não sei o quê" que intala mesmo quando bata aqui dentro.
: )
Um beijo.
21 de janeiro de 2011 às 15:59
Você tá bem?
: )
2 de fevereiro de 2011 às 09:02
oi meu bem, eu realmente dei uma parada, mas logo voltarei ... comecei a viver mta coisa nova, é o que me da inspiração pra começar a escrever.
Obrigada pelo carinho.
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